Oscar D'ambrósio visitou meu ateliê e deu uma bela aula, me deixou falar bastante (ando verborrágico), mas também falou bastante, questões muito importantes, abrindo minha cabeça para novos caminhos e desdobramentos que minha arte aponta.
Aprendi muito, mas vou aprender de verdade pondo estas dicas em prática!
"Mergulho na Madeira" é um termo que ficou ecoando...
leiam o texto do mestre Oscar, a quem agradeço muito a gentileza e fico muito contente, pois dele já sairam centenas de textos e livros sobre artistas interessantíssimos, muitos de renome, outros desconhecidos, mas sempre com um olhar que busca a verdadeira arte, gentil e contundente, acredito!
Felipe Ruido
Recursos expressivos
A produção artística, por mais que tente ser racionalizada, está sempre imersa em um mistério. Não se trata de misticismo, mas de variadas fontes que se articulam para que o criador atinja um determinado procedimento e algum tipo de imagem, que expressa, de forma mais ou menos consciente em cada caso, uma maneira de ver o mundo.
Felipe Ruído apresenta em suas criações diversificadas discussões sobre o ato do pensar e do fazer plástico. Por um lado, parece que a madeira é o material com o qual se identifica, suas memórias de infância e olhares atuais estão fortemente ligados às árvores e o painel é uma forma de manifestação onde mostra-se possível cristalizar melhor esse movimento interno.
Embora assuntos de natureza xamânica sejam uma constante, curiosamente é nos momentos em que se liberta do tema e mergulha no fazer em si mesmo, que atinge resultados mais reveladores, talvez pela concentração maior nos suportes utilizados, como madeiras encontradas em caçambas, e no próprio ato de pintar.
As alegorias, nesse sentido, definem mais que a figuração explícita, e a sugestão traz uma beleza maior que a declaração. Aproveitar os nódulos da madeira e suas marcas naturais como recursos expressivos é como se valer da mancha na pintura para sugerir uma imagem. Aponta para uma sutileza que permite ao trabalho, desde que haja tempo e dedicação, um crescimento de curto prazo rumo ao encontro de sinais pessoais significativos.
Oscar D’Ambrosio, jornalista, é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Seção Brasil).
Aprendi muito, mas vou aprender de verdade pondo estas dicas em prática!
"Mergulho na Madeira" é um termo que ficou ecoando...
leiam o texto do mestre Oscar, a quem agradeço muito a gentileza e fico muito contente, pois dele já sairam centenas de textos e livros sobre artistas interessantíssimos, muitos de renome, outros desconhecidos, mas sempre com um olhar que busca a verdadeira arte, gentil e contundente, acredito!
Felipe Ruido
Recursos expressivos
A produção artística, por mais que tente ser racionalizada, está sempre imersa em um mistério. Não se trata de misticismo, mas de variadas fontes que se articulam para que o criador atinja um determinado procedimento e algum tipo de imagem, que expressa, de forma mais ou menos consciente em cada caso, uma maneira de ver o mundo.
Felipe Ruído apresenta em suas criações diversificadas discussões sobre o ato do pensar e do fazer plástico. Por um lado, parece que a madeira é o material com o qual se identifica, suas memórias de infância e olhares atuais estão fortemente ligados às árvores e o painel é uma forma de manifestação onde mostra-se possível cristalizar melhor esse movimento interno.
Embora assuntos de natureza xamânica sejam uma constante, curiosamente é nos momentos em que se liberta do tema e mergulha no fazer em si mesmo, que atinge resultados mais reveladores, talvez pela concentração maior nos suportes utilizados, como madeiras encontradas em caçambas, e no próprio ato de pintar.
As alegorias, nesse sentido, definem mais que a figuração explícita, e a sugestão traz uma beleza maior que a declaração. Aproveitar os nódulos da madeira e suas marcas naturais como recursos expressivos é como se valer da mancha na pintura para sugerir uma imagem. Aponta para uma sutileza que permite ao trabalho, desde que haja tempo e dedicação, um crescimento de curto prazo rumo ao encontro de sinais pessoais significativos.
Oscar D’Ambrosio, jornalista, é mestre em Artes Visuais pelo Instituto de Artes da Unesp, integra a Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Seção Brasil).
