30.8.12

Página "desenhos e cadernos"


Cadernos artesanais e autorais que faço,
semelhante a livros de artista e sketchbooks,
e desenhos de modelo-vivo, entre outros estudos e experimentações.

confira a página aqui:










18.8.12

nova arte digital

"quando em tronco encontrares teu corpo feito,
já teus pés em raízes vão estar..."

( trecho de Espírito da Mata, música de Mestre Ambrósio )

arte digital, a partir de desenhos a  lapis




27.7.12

nova página: ilustrações

Página com pequena seleção de ilustrações que fiz...
em breve publicarei mais, antigas e novas.

Abaixo em destaque, algumas para a
Tora Brasil.Veja as outras na página ilustrações:

http://feliperuido.blogspot.com.br/p/ilustracoes.html









6.7.12

mais ilustrações "pós-conectadas"

Com estas artes também aconteceu algo parecido com o que eu estava comentando na postagem anterior: elas se tornaram ilustrações depois de já criadas.
Eu concorri a uma bolsa de estudo em um curso de ilustração (poderia citar qual mas também não precisa), aí enviei essas duas artes, que achei que se encaixaram muito bem nos temas, e eu não tinha tempo para criar ilustrações especificamente para o concurso. Claro que não foi a forma ideal de participar, e não são artes muito objetivas (mas podem funcionar bem como ilustrações, dependendo do público). Acredito que se enquadraram muito bem nos temas, que também eram tão "surrealistas" quanto. Não ganhei, mas tudo bem, valeu o exercício.

Os temas eram as duas poesias que coloco abaixo junto às artes, e também comento qual o contexto original da criação delas.



"Smog", pintura sobre papel,
(nanquim, urucum, acrilica, café, bic...), 29 x 21,7 cm

No contexto das chamadas "artes plásticas", onde a arte geralmente não precisa se conectar a um tema ou texto, pensando mais em sua função para exposição e fruição (percepção da arte em seus diversos aspectos: estéticos, sensoriais e intelectuais principalmente), gosto de deixar geralmente as artes como "obra aberta", para que cada um interprete livremente à sua maneira. Apenas coloco nomes que sugerem a minha visão, o contexto imaginativo no qual criei a imagem.

Na forma como entendo estas classificações, que parece que é a corrente entre os colegas destas áreas, a diferença entre "ilustração" e "artes plásticas" está principalmente em suas finalidades: a arte plástica geralmente é concebida para a exposição em galerias, enquanto que a ilustração estará conectada a algum assunto ou tema, lhe dando suporte ou compondo junto um contexto comunicativo. Digo isso de forma bem resumida, só para explicar o necessário, e ressalto que uma não exclui a outra, muito pelo contrário, como é o caso que estou colocando aqui em estudo.

Então, essa arte, o "Smog", surgiu de uma imagem que foi sendo construída na minha imaginação por muito tempo, juntando idéias filosóficas e etc aqui e ali, até que num momento a imagem salta num lampejo e se constrói enquanto eu pintava, ainda sem saber previamente sua configuração final. As idéias por trás são: um "naturocentrismo", ao invés de um "antropocentrismo", simbolizado na flor no lugar da cabeça, que também pra mim simboliza iluminação, um grande chakra mandala expandido, uma iluminação em meio à poluição, em meio ao barulho, caos, e não em meio ao silêncio... substituindo a face, também, símbolo da persona, ou as vezes do ego, exaltada no meio virtual como avatar até chegarmos ao "facebook"... enfim, essa arte surgiu de uma mistura de tudo isso, entre outras coisas, gerando uma espécie de ser mítico ou entidade. "Smog" é um termo em inglês que funde smoke (fumaça) e fog (neblina), para descrever um fenômeno da poluição.

Agora, o texto tema à qual conectei posteriormente essa arte plástica, tornando-a também ilustração:

"O mundo é a casa errada do homem. Um simples resfriado que a gente tem, um golpe de ar, provam que o mundo é um péssimo anfitrião. O mundo não quer nada com o homem, daí as chuvas, o calor, as enchentes e toda sorte de problemas que o homem encontra para a sua acomodação, que aliás, nunca se verificou. O homem deveria ter nascido no Paraíso."

Nelson Rodrigues

E a segunda arte plástica / ilustração em questão:


"Urutau", nanquim e giz pastel sobre papel
(se tiver muito escuro, ajuste seu monitor)


Já essa arte surgiu num momento crítico de minha vida, envolvendo um falecimento na familia e o final de um relacionamento... não vou entrar em mais detalhes porque é muito pessoal, mas digo isso só pra verem que tem tudo a ver com o tema que coloco a seguir... Ah, e Urutau é o nome de um passaro, significa "passaro fantasma" em guarani, porque ele pia um lamento de madrugada e tem lendas associadas a ele...


texto tema no qual encaixei para ilustração:



Amor é bicho instruído

Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que escorre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem
às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.


Carlos Drummond de Andrade
 

 

ilustração O Tigre Floresta


Algumas ilustrações são conectadas ao tema depois de sua criação...
é em parte o caso dessa, que inicialmente fiz para a empresa de móveis rústicos Tora Brasil,
para falar da matéria prima, árvores da região amazônica (com retirada ecologicamente correta, diga-se).
Depois resolvi retrabalhar a imagem, em uma série de arte digital, Caminhos, onde eu fiz vários espelhamentos / mandalas, a partir principalmente de fotos que tirei.
( veja aqui no link: http://feliperuido.blogspot.com.br/2012/01/arte-digital-serie-caminhos.html)

Estes dias, usei a imagem para o fundo do blog, e mexendo com ela me veio à mente o poema O Tigre, de William Blake. Então ela virou também uma ilustração para ele... que segue abaixo,
junto a arte em sua versão invertida, noturna, que acho mais interessante.

Veja no link em tamanho bem maior:
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiEmPykmlU3JUC-Olg-5Kd0cEQXgPLC4X4nT6IcPN6qK58vDcIkg1xyFDs5SbiuKFxNbzGUJvWnS3GwZQfeph2VA7E9HSiZ4JZsr0-aA_aAcSDBN_p8jMTLApkF_NlfzASztgfo/s1600/floresta_kaleidos_invert_m.jpg








O Tigre
William Blake

Tigre, tigre que flamejas
Nas florestas da noite.
Que mão que olho imortal

Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?
Em que longínquo abismo, em que remotos céus
Ardeu o fogo de teus olhos ?

Sobre que asas se atreveu a ascender ?

Que mão teve a ousadia de capturá-lo ?

Que espada, que astúcia foi capaz de urdir

As fibras do teu coração ?
E quando teu coração começou a bater,

Que mão, que espantosos pés
Puderam arrancar-te da profunda caverna,

Para trazer-te aqui ?

Que martelo te forjou ? 
Que cadeia ?

Que bigorna te bateu ? 
Que poderosa mordaça

Pôde conter teus pavorosos terrores ?
Quando os astros lançaram os seus dardos,
E regaram de lágrimas os céus,

Sorriu Ele ao ver sua criação ?

Quem deu vida ao cordeiro também te criou ?
Tigre, tigre, que flamejas

Nas florestas da noite.

Que mão, que olho imortal

Se atreveu a plasmar tua terrível simetria ?


Tradução de Ângelo Monteiro
Versão Original:






mais sobre a Oficina de Mandalas no Parquescola Ecoetrix

Vejam algumas postagens que o pessoal do Parquescola Ecoetrix, 
em São Tomé das Letras,
fez sobre o curso de mandalas que orientei lá,
com mais fotos e infos...
Eu estava pessimamente fotogênico, (já sou, ainda mais gripadão...) 
hahah... ainda bem que a paisagem, as crianças, o parque, as mandalas, tudo foi muito bonito!
E foi uma experiência ótima de aprendizado mútuo.
Gratidão!

















25.5.12

Oficina de Mandalas no Parquescola Ecoetrix















Foi muito gratificante orientar estas oficinas de mandalas no Parquescola Ecoetrix, em São Tomé das Letras - MG !!! 


Gratidão a todos, especialmente a mestra Max Tovar!


Foi nos dias 19 e 20 de maio...


Os alunos foram as crianças da região, trazidas no sábado pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e no domingo pela Associação Viva Criança, sendo essa última muito especial pra mim, pela memória de seu fundador o xamã e psiquiatra Juan Uviedo, com o qual tive breve amizade, e quem iniciou o trabalho na montanha que agora conta também com o Parquescola.


 Há um bom tempo venho dialogando e programando essa parceria, tanto com a Associação quanto com o Parquescola, e finalmente aconteceu, junto à celebração de um ano do Parquescola Ecoetrix, que está realizando um trabalho maravilhoso ligado à bioconstrução, permacultura, ecologia da alma, com arte e trabalho social.


Com cada turma, a do sábado e a do domingo, foram realizadas as mandalas coletivass e as individuais.
Usamos materiais naturais nas mandalas coletivas e as indiduais foram pintadas com tintas a base de terra.


Foi uma experiência muito boa de aprendizado mútuo, muita coletividade e arte em sintonia com a natureza!




Vejam as mais de 40 fotos no flickr:


http://www.flickr.com/photos/feliperuido/sets/72157629894404622/




Agradeço as forças da natureza
e sigo trabalhando pelo bom fluxo!!!







1.5.12

caderno abril 2012

Encadernação feita por mim, capa com papel amatl (artesanal indigena mexicano) e grafismos meus.


Abaixo algumas imagens, veja mais no flickr:






veja essa arte em tamanho natural no flickr:








página Escritas e Textos


Página nova aqui no blog, reproduzo o conteúdo abaixo pra ficar também nas postagens.



Para abrir esta página,
uma poesia recente, de abril 2012.
Veja também:
A Pedra do Elefante

Em breve mais.



Idade de idades
quantos corpos já vesti
a deidade em mim
que é agente da gente
fragmento do todo luz
semente

procurando caminho pra brilhar
como agua fluir
espelhar sol e lua
musica pra saldar, saudar, salvar,

ecoa, faz ruido na agua
porque movimenta e procura
a cura
de esquecer o que sou
mas lembro, silencío
e caminho
pes no chão
atravesso pra outra margem

gratidão

(me chamo ruído porque busco harmonia)



26.2.12

desenho Zé Elétrico e texto







Zé Elétrico, desenho à lápis e toque final em arte digital.

Veja aqui a arte em seu tamanho natural:



A inspiração dessa arte vem de Zé Elétrico ( João Dumont ), no filme nacional Árido Movie. Ficou com um toque “Bolywood” também, que acho até divertido.
O personagem é um índio, que é dono de bar e mecânica no interior de Recife. É também mais ou menos um caboclo xamã.
Não vou escrever sinopse, coloco apenas uma frase dele e quem se interessar, indico muito o filme, que é um dos meus preferidos.
A minha idéia é fazer uma série de artes inspiradas em filmes.
Mais abaixo um texto meu que complementa essa arte. Longe de ser necessário lê-lo pra entendê-la, ( prefiro que cada um interprete a sua maneira), é uma forma de expor significados e reflexões com os quais lidei no fazer, o contexto subjetivo dessa criação, e pra abrir diálogo.

"As coisas estão por aí e a gente não vê. Sabe por quê? Preconceito. As pessoas só querem ver o que deixam. É preguiça e preconceito".
Zé Elétrico

A Pedra do Elefante

Ao dizer essa frase, o personagem mostrava a outro as montanhas do sertão de Recife, uma delas com esse nome por ser parecida a um elefante com metade submersa na água. Mas o que diz é bem mais abrangente e ao fazer essa arte, conectei o significado principalmente na questão de uma visão chamada extra-sensorial, que é uma visão além dos padrões sociais, condicionados, uma percepcão tida como espiritual ou mística, mas que está aqui, nesta mesma realidade do cotidiano, e todos tem condições de acessá-la. Utilizei o símbolo de um dos chakras, o Ajna ou terceiro olho, para representar a abertura dessa visão e sua atividade, através de rotação e fluxo. Apesar desse tipo de visão estar ligada à crenças místicas diversas, hoje já é bastante aceita também pela ciência a sua existência. Eu mesmo, em meditações, sem uma prática disciplinada, mas por meditar de certa forma desde pequeno, percebo o fluxo desse chakra e vejo cores luminosas, de olho fechado ou aberto, entre outtras percepções. Aos poucos, fui tentando representar essas percepções em minha arte. Dessa vez creio que foi a mais efetiva, mesmo que sutil. Uma importante questão é entender pra que servem estas percepções, que não são meros fogos de artificio, como usar entheógenos, substâncias psicoativas, por pura diversão. Os fluxos demonstram como estão os funcionamentos, as cores também são uma linguagem que pode ser lida. A yoga e os chakras tem funções específicas e são considerados em diversas práticas místicas no mundo todo, não apenas nas orientais. Eu não tenho ainda muita prática e conhecimento pra leituras, apenas percebo e sinto-me mais conectado com o que chamo de “bom fluxo”, ou seja, harmonia consigo e com o todo. Ainda chegarei a uma melhor compreensão, por enquanto procuro expressar na arte estas percepções. Muitos artistas fazem isso, existe até um movimento chamado de Arte Visionária, do qual o artista Alex Grey é um grande representante. Sigo fazendo minhas artes em constante transformação, mas acredito que esse é um caminho que deve aflorar, o de representar mais enfaticamente estas percepções, para ajudar a descondicionar as pessoas de seus olhares tão ditados pelas normas sociais, ao mesmo tempo que busco também mais conhecimento e prática nesse tipo de percepção.
Outro aspecto importante, é a escolha desse personagem por ele ser um caboclo, brasileiro mestiço de índio e negro, figura símbólica muito importante na cultura brasileira em geral, na formação do povo e principalmente na Umbanda, que é um caminho místico que tenho criado bastante afinidade, dentro da minha mistura de muitos caminhos.
Falando na questão de técnica, preferi desenho a lápis sobre papel, por ser um suporte fácil de armazenar, ser econômico e por querer trabalhar em minha nova prancheta que montei. Procurei utilizar várias cores em áreas onde poderia representar tendo apenas uma, o que também remete a uma percepção aguçada, além das outras já citadas. O realismo não costuma me atrair muito, mas acabou acontecendo por conta da referência e do que eu queria expressar. Não creio que seja sinal de evolução, como alguns podem achar. Pode ser bastante elaborado, mas outras formas não realistas de expressão podem ser também muito elaboradas, e nem precisam ser, afinal arte é pra expressar e não pra ver quem elabora mais. A simplicidade as vezes é um ótimo caminho pra expressar, fazer arte com prazer e também é necessário saber enxergá-la.

19.2.12

Página graffiti e muralismo

Montei a página Graffiti e Muralismo aqui no portfolio,
com uma extensa seleção da minha produção nessa área.
Na página, alguns destaques e os links para os albuns no flickr, 
com mais imagens (são 125 fotos de vários anos).


http://feliperuido.blogspot.com/p/graffiti-e-muralismo.html













8.2.12

Stencil Chico Science e eu no maracatu !

‎2 de fevereiro: 15 anos sem Chico Science. 
A pernambucana Sandra Camurça colocou esse stencil que eu fiz em homenagem a ele, anos atrás, na postagem em seu blog, que parece ter conteúdo bem bacana... 

http://dimensaosalvadora.blogspot.com


Fiquei feliz, satisfação!










E falando em maracatu, 

dia 05.02 toquei pela primeira vez numa aprresentação
do maracatu Bloco de Pedra, 
no Parque da Água Branca! 





foto: facebook Camila Candido





Página arte-educação e oficinas


Montei uma página em meu portfolio (é aqui mesmo) para arte-educação e oficinas, que é uma área que tenho crescente interesse. Apesar de não ser a área que tenho mais experiência, já somo alguns passos interessantes nesse caminho. 

Busco trabalho fixo (principalmente) e freelance, nesta e nas outras áreas que atuo:
ilustração, artes plásticas e design visual (web e gráfico).

O portfolio geral está divido nestes três links, em breve será unificado no primeiro, mais atualizado.

Quem souber de algo, agradeço!



18.1.12

xilogravura ILUMINÁCIA



ILUMINÁCIA ( ou Ponto de Equilíbrio, ou Comadre Fulozinha... ) , xilogravura 

Tiragem à venda!
Feita inicialmente no curso de gravura intuitiva com Kiko Dinucci, no Sesc Pompéia e tiragem no Ateliê Orozimbo, sob orientação de Cláudia Braga.
Tamanho 46 x 34 cm, papel filtro 170 g. Tiragem de 23 gravuras.
R$ 80,00 + frete do correio, embalagem canudo, ou entrega a combinar.
Busco também pontos de venda.
Gratidão!




10.1.12

arte digital, série Caminhos

A partir de fotos que tirei, nesta série utilizei um recurso simples, coerente com o que estava procurando: o espelhamento da imagem, formando padrões, grafismos que abrem possibilidade para multiplas interpretações, sempre com referencias à simbologias místicas de diversas culturas. As simetrias lembram as manchas Rorschach, que já foram referencia pra outros trabalhos meus e são jogos interessantes pra estimular o inconsciente.

Clique no link abaixo pra ver 12 imagens da série:

http://www.flickr.com/photos/feliperuido/sets/72157628811071181/with/6673974571/











Esta é a única por enquanto que não é a partir de foto, fiz a partir de um desenho meu.